Em destaque o precário posto fiscal com sua cancela e o posto de combustíveis Atlantic ao fundo. A fábrica distava cinco quilômetros da cidade de Anápolis, nesse sentido ficaria muito difícil a locomoção dos operários para o trabalho, foi quando entrou o interesse imobiliário. De acordo com Revista “Imagem Atual” (1986), a ocupação do bairro se deu inicialmente pela: (…) parte direita da Avenida Fernando Costa, cuja área pertencia ás fazendas Gomes e Reboleira. Entretanto, o progresso efetivo ficou retardado até o dia 15 de agosto de 1946, quando foi lançado o manifesto de fundação da Companhia Goiana de Tecelagem, a conhecida tradicionalmente “Vicunha S/A – Indústrias Reunidas. Já em 1947, o marketing propagandístico no jornal “O Anápolis” ficou mais intenso e convidativo, inclusive com a promessa breve de instalação de “escola, hospital, igreja, praça de esportes e linha de ônibus ligando ao centro de Anápolis” (O Anápolis, Ano XIII, nº 688. 19/06/1947). No entanto, partes das promessas começaram a ser efetivadas cinco anos após, outras depois de décadas, visto que a legislação que obriga os empreendedores imobiliários a dotar os bairros de uma estrutura básica é recente. Ou seja, não havia nenhuma obrigação que trouxesse tais benefícios, sobrando então para a administração municipal, que arrastava a situação por vários anos. Isso seria incorporado no discurso dos políticos que apareciam somente na época das eleições, quando comícios eram feitos em cima de caminhões, com a apresentação de duplas sertanejas, sendo a única atração da localidade. Nessa época, tais políticos utilizavam da barganha e prometiam resolver os problemas estruturais para ganhar os votos da população do bairro.
Fonte: VILA JAIARA: PRIMÍCIAS DA INDÚSTRIA TÊXTIL EM ANÁPOLIS – DANIEL ARAÚJO ALVES (2014)